“Do Natal aos Reis. Cantos de Natal da Galiza e Portugal” é, um concerto temático sobre a tradição musical da Galiza e de Portugal. O galego Ariel Ninas e os portugueses Catarina Moura e César Prata con diversos instrumentos (sanfona, guitarras, dulcimer, adufe, hangdrum, harmónica, percusións e fundamentalmente voz) cantam e tocam canções tradicionais do tempo de Natal, da Galiza e de Portugal.
Tres datas ao vivo em Portugal e a emissão para todo Portugal em Antena 1 marca o início deste novo projeto em parceiría de aCentral Folque em Portugal.
- 22 – Guimarães (Igreja de Nossa Senhora da Oliveira)
- 23 – Trancoso
- Noite da Consoada em Antena 1 (RTP)
- 30 – Peso da Régua (Auditório Municipal — com a participação especial do Grupo de Cantares “Rabelos do Douro”).
Três músicos, um galego e dois portugueses, a tocar canções próprias das duas beiras do Minho que partilham a mesma tradição no tempo de Natal. Canções de Noiteboa ou de Consoada, de Natal, de Ano Vello ou de passagem de ano, de Reis ou Janeiras,… repertório que popularmente se interpreta de casa em casa por um grupo de pessoas que cantam e pedem o “aguinaldo”. Mudança de ciclo anual e solstício de inverno, cantos ao Neno, aos Reis Magos e à Epifanía em um estilo muito particular e diferente de outros gêneros das nossas músicas populares.
O ano agrícola comandava a vida: semear, tratar, colher. Cada coisa tinha um lugar, um tempo, uma canção. O tempo do natal também tinha, claro, as suas canções, os seus ritos, os seus instrumentos musicais. Os cultos pagãos foram cristianizados e ficámos com a árvore de natal e os presentes, o solstício e o nascimento de Jesus Cristo. Ah! E as canções que o povo continuou a cantar!
Biografías:
ARIEL NINAS
Ariel Ninas móvese entre a tradición máis evolucionada, irrespectuosa e a contemporaneidade máis efémera. O seu primeiro grupo foi a banda de punk-rock-skiffle-cabaret acústico Inflatable Buddha cos que xirou por Inglaterra durante dous anos e editou dous discos. É no seu retorno a Galiza que retoma o estudo formal da música tradicional en aCentral Folque, Centro Galego de Música Popular. Nos últimos anos toca en varios proxectos de improvisación libre froito da súa participación coa OMEGa, Orquestra de Música Espontánea de Galiza -ImaxinaSons’09 con Fred Frith, Traumzeit Festival (Duisburg) con Michael Fisher. Co Comando Delta deconstruíndo a Golpes Bajos con Germán Coppini-; co dúo de electrónica B’knob ou o trio experimental Ulobit, ou a ensemble de recreacións de música medieval Pres de Cambrai. As súas colaboracións pódense escoitar nos discos de Sérgio Tannus, Xoán Curiel, Lenda Ártabra ou Alba María. Fixo a solo a BSO para a peza de danza contemporánea ”Habelas” , premio Injuve 2010 coa Cía trasPediante. Con César Prata edita en 2016 o disco “Cantos de cego da Galiza e Portugal”
CATARINA MOURA
Catarina Moura integra desde 1999 a Brigada Victor Jara e o grupo feminino de cantares tradicionais portugueses Segue-me à Capela. Fez parte do grupo Realejo entre 1999 e 2012. Participou no filme Fados, do realizador Carlos Saura. É autora e intérprete num projeto musical para o público infantil assente nas tradições portuguesas – Taleguinho, com os espetáculos “Costurar Cantigas e Histórias”, “Mundo ao Colo” e “Ficar a ver estrelas”. Dinamiza oficinas de cantos tradicionais portugueses e de trava-línguas. Entre 2016 e 2018 encontra-se em digressão com uma co-produção da Fundação José Saramago e Trigo Limpo Teatro Acert para o Festival Literário de Óbidos de 2016: A ilha desconhecida, uma peça de teatro a partir de um conto de José Saramago. Intérprete/criadora do espetáculo “Fica no Singelo”, com direção artista e coreográfica de Clara Andermatt, presente em cena desde 2014.
CÉSAR PRATA
César Prata fundou e dirigiu diversas associações culturais e trabalhou com inúmeras coletividades no âmbito da recolha do património imaterial. Criou e dirigiu diversos espetáculos. Orientou oficinas de formação na área da música: instrumentos tradicionais, cultura popular e informática musical. O seu nome encontra-se ligado a inúmeros discos, quer como compositor, arranjador, criador, intérprete ou técnico: Chuchurumel, Assobio, Chukas (encomenda do IGESPAR para o Parque Arqueológico do Vale do Côa), Ai! e Cantos de cego da Galiza e Portugal (edição de aCentral Folque, Santiago de Compostela, 2016). Publicou cadernos sobre tradição oral. Compôs para teatro e cinema. Participou em festivais internacionais, dos quais se destacam Canti di Passione (Salento, Itália, Abril de 2007) e Ahoje é ahoje! (Maputo, Moçambique, Agosto de 2008). Editou em dezembro de 2010, Canções de cordel, CD integrado na coleção do IELT a IELTsar se vai ao longe (Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa). Em fevereiro de 2014 editou Futuras Instalações, o seu mais recente disco a solo. É co-autor e intérprete do espetáculo Contos e trovões, rezas e canções (Teatro do Calafrio).