Os Zés Pereiras

Data
03/03/2023 _ 20:00 h

Lugar
Libraría Pedreira

Prezo: de balde

Categoría


Presentación do libro ‘Os Zés Pereiras: uma cultura musical do Entre-Douro-e-Minho’

  • Coa intervención dos autores Napoleão Ribeiro e Tiago Soares
  • Lugar: Libraría Pedreira, rúa do Home Santo 55. compostela
  • Data: venres 3 de marzo 2023
  • Hora: 20 horas
  • Entrada libre

aCentral Folque organiza coa libraría Pedreira de Compostela esta presentación editorial que acaba de saír do prelo a finais de 2022 sobre un tipo de formación musical popular da beira sul do Río Miño onde os tambores, bombos e instrumentos de vento (fundamentalmente gaita-de-fole mais tamén pífanos e clarinetes) amenizaron as festas, romarías, procesións e xuntanzas desde comezos do século XIX no norte portugués e que actualmente gozan de dun renovado impulso neste século XXI. Estas tipoloxías son semellantes ás galegas de gaita e percusión, treboadas do Rosal ou folións do entroido ourensán.
Este libro é de carácter divulgativo cun impresionante texto de Napoleão Ribeiro, unha escolma de imaxes e fotos e unha profunda investigación sobre as orixes, o seu contexto histórico, a organoloxía dos instrumentos empregados, as supervivencias contemporáneas, con fontes documentais e testemuñas das persoas practicantes vivas. Tamén recollen as transcricións en partitura dos toques de máis de vinte formacións de Zés Pereiras en activo, gravadas en vídeo ex profeso para este proxecto.

Sobre o libro:

Livro de capa dura com 240 páginas + vídeos.
Com audiovisuais de Abel Andrade e sob direção artística de Nuno Dias, Tiago Manuel Soares e Napoleão Ribeiro, este livro, financiado pela Direção Geral das Artes, foi construído com base nos testemunhos de músicos de dezena e meia de grupos de zés pereiras, vários festeiros e diversos construtores de tambores e de gaitas-de-fole. Com esses depoimentos, os autores puderam compreender as funções dos inúmeros grupos de tamborileiros nos rituais e profanos e noutras cerimónias dos territórios do noroeste português.
Dessa investigação resultou um trabalho que contém cinquenta e sete toques em partitura e vídeo, assim como menções a numerosas fontes orais, documentais e iconográficas, recolhidas ao longo de vários anos. Isto torna a publicação uma referência para o estudo da história desta prática musical, popularizada desde o final da Guerra Civil de 1830-1834 e que, em meados de oitocentos, já era designada como “zés pereiras” em Portugal e no Brasil.
O trabalho inclui:
– textos do antropólogo Napoleão Ribeiro;
– partituras do percussionista Tiago Manuel Soares;
– vídeos, fotografias e som do videógrafo Abel Andrade.

Sobre os autores:

Napoleão Ribeiro é antropólogo e tocador de gaita-de-fole. Foi membro fundador da Escola de Música Tradicional da Ponte Velha e aí lecionou o instrumento entre 2010 e 2016. Desenvolve a sua atividade musical nos projetos Gaiteiros da Ponte Velha, Chulada da Ponte Velha e Pantomina, todos nascidos no seio da Associação Cultural Tirsense. Nesta coletividade tem desenvolvido várias ações relacionadas com a prática da gaita-de-fole, das quais se destacam: o registo das práticas musicais e do património material relacionado com os zés-pereiras dos territórios do litoral do noroeste português; e o registo e análise de fontes iconográficas e documentação relativos às práticas musicais com gaita-de-fole em Portugal.
Integrou ainda a organização das dezasseis edições do festival Palheta Bendita. Desde 2014 que integra a organização do Encontro de Tocadores – Entre Margens, em Caminha. Colaborou no Cancioneiro de Gaita-de-foles, publicado pela Associação Portuguesa para o Estudo e Divulgação da Gaita-de-foles; publicou o desdobrável “Para Conhecer e Fazer. Instrumentos Musicais Singelos: aerofones de palheta” publicado pela Pédexumbo; e o catálogo da exposição “Instrumentos Musicais Populares do Noroeste Peninsular” da Braga Capital da Cultura do Eixo Atlântico. Enquanto músico participou nos álbuns “Vai-te Cuca”, de Cardo Roxo e “Pelas Horas”, das escolas de Música Tradicional da Ponte Velha e Cardo Amarelo. Em 2020, como tocador de viola braguesa e gaita-de-fole, gravou o CD Sempre a Ramaldar com a banda Chulada da Ponte Velha.

Tiago Manuel Soares nasceu no Porto em 1989. Fez o curso de interpretação pela Academia Contemporânea do Espetáculo, terminando em 2007. Em 2019 finalizou a licenciatura em percussão clássica, na Universidade do Minho, com Nuno Aroso.Realizou diversas masterclasses com grandes nomes do panorama internacional tais como Trilok Gurtu, Yshai Afterman, Pandit Kishore Banerjee, Filippo Latanzi, Mark Braafhart entre outros. A sua principal motivação musical reside nos ritmos e nos instrumentos portugueses. Fascinado por essa riqueza patrimonial, dá igual importância ora ao vasto legado que nos foi deixado assim como à construção de novas abordagens, onde o estudo na vertente erudita e o conhecimento de diferentes culturas do mundo ajudou-o a abrir novos horizontes e possibilidades. Resultado dessa simbiose entre diferentes universos, estreou, em recital, quatro peças inspiradas no cancioneiro português.
Como formador, leciona na escola Cardo-Amarelo (escola de música tradicional). Atualmente está a fazer a direção musical da peça de teatro “Lear” – uma co-produção entre o Teatro do Bolhão/Didascália/D.Maria II. Participa em diversos projetos artísticos a convite do Projeto Cardo. Encontra-se a criar um projeto propondo a mescla entre a música e dança portuguesa com a cultura do estado do Rajastão/Índia (com o grupo Dhoad). Como músico freelancer faz parte dos projetos Cardo-Roxo, Maria Monda e Mário Lúcio e os Kriols. Até ao momento conta com 28 álbuns editados e destaca a sua participação nos grupos/artistas Mário Lúcio e os Kriols, Viola Popular, Manuel Maio, Ensemble Portingaloise, Gisela João, Maria Monda, Retimbrar, Projeto Cardo, Pé na Terra, Toque de Caixa, Gambuzinos, Senza, Orquestra da Universidade do Minho e Orquestra Sem Fronteiras.


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