Dous formadores, un galego e outro português para impartir esta oficina sobre o aerófono com mais sucesso na música popular do último século. A concertina / acordeão diatónico com dous estilo diferentes de ser tocados nas mãos de dous músicos muito destacados, cada um de distinta geração e beira do rio rio Minho. A oficina também contara com a presenza de Pazos de Merexo, o último tocador vivo da Costa da Morte. O workshop está enmarcado na programação geral do Encontro de Tocadores. Serão 10 horas de aprendizagem e descoberta. As inscrições são online aqui.
Contexto
A concertina é um instrumento que, a partir do século XX, ganhou grande expressividade nas práticas musicais de muitos povos e culturas do mundo. Em Portugal, evidencia-se nas interpretações de diversos territórios, que vão desde o Alentejo ao Minho, tendo grande popularidade nesta última região. Aqui, serve de base para as melodias das cantigas ao desafio, surge nas tocatas ou rusgas, junto a diversas percussões, cordofones e cantos, e também nos zés-pereiras, entre bombos e gaitas de fole. Na Galiza, apesar de a tradição não ser tão forte, aparece, sobretudo, nas murgas ou charangas, junto de gaitas de fole, clarinetes, requintas e saxofones.
Em ambas as margens do rio Minho é um instrumento muito usado pelas bandas que, atualmente, reinterpretam as músicas populares do passado.
Barros Lopes
António Barros Lopes, conhecido como “Tone do Moleiro Novo”, nasceu em 1949 na Areosa, Viana do Castelo. Aos quinze anos aprendeu a tocar concertina de forma autodidata, com instrumentos emprestados. Aos dezanove teve a sua primeira concertina, uma honner de duas carreiras.
Tocador das festas mais conhecidas do Alto Minho, como o S. João d’Arga e as Feiras Novas de Ponte de Lima, conviveu com vários dos tocadores mais antigos do Alto Minho: Nelson Vilarinho de Covas, Vila Nova de Cerveira; o Tocatone, um conhecido tocador que viveu na Correlhã e na Areosa; o Manuel de Samonde, tocador do Rancho de Santa Marta; o Manuel Branco de Azevedo de Gondinhaços, Vila Verde e o Figueira, tocador da Ronda típica da Meadela. Com o intuito de tocar com Nelson Vilarinho, adquiriu propositadamente uma concertina em SOL# DÓ# FÁ#, tonalidade pouco usual. Por norma toca em concertinas em SOL, DÓ FÁ.
Alberte Núñez
Alberte Núñez Martínez (A Coruña 1989) comezou a súa carreira musical cos estudos de piano no Conservatorio Profesional de Música da Coruña, perfeccionando a súa técnica cos mestres Anna Mirzoyan e Robert Shugarov e participando no coro infantil e xuvenil da Orquestra Sinfónica de Galicia.
Iniciouse no mundo do acordeón diatónico na Asociación Cultural Tempo Novo de Elviña, da man de Brais Maceiras Barreiro; e afondou máis no instrumento asistindo a diversos encontros e talleres de interpretación, técnica e organoloxía levados a cabo por grandes acordeonistas e artesáns como Cati Plana, Xuan Nel Expósito, Pedro Pascual ou Stéphanie Simone.
Formou parte dos grupos Sessión Vermú e Segreis e colaborou con diferentes asociacións como a A.C. Airiños da Torre, a A.C. Xacarandaina e grupos como Triuleque, Os Tres Trebóns ou os Viqueiras de Ordes en varios concertos e galas que o levaron a tocar en múltiples festivais e escenarios nacionais e internacionais.
Participou en diversos proxectos discográficos e programas de televisión e axudou a levar a cabo homenaxes a importantes persoeiros do eido do acordeón en Galicia coma Manuel Cociña e Pazos de Merexo.
Actualmente é integrante dos grupos Dúbida Dúo Trío e Furamau e imparte clases de acordeón diatónico e piano en varias asociacións das provincias de Coruña e Lugo. Asimesmo, realiza concertos didácticos e seminarios sobre o instrumento.